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Reforma tributária na prática: como ela muda a vida da controladoria e o que automatizar já


Profissional de controladoria analisando impactos fiscais em dashboards digitais, em escritório moderno.

Se você trabalha no setor financeiro, já ouviu que a reforma vai simplificar tudo. Mas, na prática, o impacto da Reforma Tributária na Controladoria será imenso e exigirá uma adaptação rápida. A distância entre o discurso de simplificação e a rotina real passa por um período de transição complexo.

E sim — no papel, o novo sistema promete reduzir burocracia. Mas quem vive a rotina real sabe que o caminho entre “simplificar” e “funcionar bem” passa por um período de adaptação enorme.

E essa adaptação cai direto no colo da controladoria.

Porque é ali que as mudanças viram números, lançamentos, relatórios, auditoria e decisões do negócio. Ou seja: a reforma tributária não é um evento abstrato. É um impacto direto na sua rotina.



O que muda de verdade (além do discurso)

A transição para o modelo de IVA (CBS + IBS) significa, na prática, que muitas empresas terão que:

  • rever classificações contábeis ligadas a tributos indiretos

  • ajustar parâmetros fiscais em ERPs

  • reavaliar contratos com impacto tributário embutido

  • recalcular margens e rentabilidade sob nova lógica de crédito/débito

  • conviver com regras antigas e novas ao mesmo tempo durante a transição

Ou seja, não é “trocar imposto”. É reconfigurar a forma como custos e receitas se relacionam com tributos.



Por que a controladoria sente primeiro

A área fiscal interpreta a lei. A controladoria faz a lei virar contabilidade.

Se o sistema muda, a controladoria precisa garantir:

  • consistência dos lançamentos

  • conciliação entre contábil e fiscal

  • clareza dos impactos no resultado

  • rastreabilidade para auditoria

  • previsibilidade para a diretoria

E aqui aparece o grande risco do momento: tentar atravessar a reforma com processos manuais ou semi-manuais.



Três dores que vão aumentar sem automação

  1. Retrabalho em cascata Mudou regra? Mudou base? Mudou alíquota? Quando isso está em planilha ou em processos fragmentados, toda alteração vira um mutirão de ajustes.

  2. Falta de rastreabilidade Durante a transição, auditoria e diretoria vão perguntar “por que esse número mudou?”. Sem automação, a resposta depende de memória ou de arquivos paralelos.

  3. Fechamentos mais lentos Mesmo com reforma prometendo simplificação, o volume de análise aumenta. E se o time fica preso na execução, o fechamento atrasa.



O que automatizar já (para não sofrer depois)

Não dá para automatizar tudo do dia pra noite. Então o ponto é priorizar o que mais vai sofrer impacto.

Aqui vão três frentes onde a automação faz diferença imediata:

  1. Lançamentos recorrentes ligados a contratos Arrendamentos, locações, franquias e contratos de serviço carregam tributos embutidos. Com novas regras, cada contrato vira uma “mini-conta de imposto”. Automatizar isso evita erro e te dá controle.

  2. Conciliação contábil x fiscal Na transição, vai ser comum existir diferença temporária entre o que é apurado no fiscal e o que aparece no contábil. Automação reduz o tempo de identificar e justificar essas diferenças.

  3. Relatórios de impacto A diretoria vai querer simular cenários. Quanto o IVA muda a margem? O crédito compensa? O custo real muda? Ferramentas automatizadas agilizam essas respostas.



Automação não é luxo. É blindagem.

Existe uma tentação grande em épocas de mudança: “vamos esperar a poeira baixar e depois ajustar”.Mas a reforma tributária não vai baixar poeira sozinha. Ela vai exigir que as empresas se reorganizem enquanto o avião está voando.

Automatizar processos agora é o que garante que a controladoria consiga:

  • trabalhar com versões de regras simultâneas

  • reduzir risco de inconsistência

  • manter prazos

  • produzir análises úteis

Sem, claro, sacrificar o time no processo.



Como decidir o próximo passo

Não precisa começar com um grande projeto de transformação. Mas precisa começar.

Um bom caminho é:

  • mapear contratos e rotinas mais afetadas pela reforma

  • identificar pontos de maior risco contábil/fiscal

  • priorizar automação onde há recorrência e volume

  • integrar com ERPs e relatórios de governança

A reforma tributária vai acontecer com ou sem a sua preparação. A diferença é como sua empresa vai atravessar o impacto.



Conclusão

A controladoria está no centro da reforma tributária porque é ali que as mudanças viram realidade contábil.

Quem automatiza processos críticos desde já sai na frente, reduz desgaste e ganha capacidade de análise num cenário que vai exigir decisões rápidas.

Se dezembro é o momento de fechar ciclo e planejar o próximo, este é um dos melhores momentos para colocar a reforma na prática — com inteligência, não com improviso.


 
 
 

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